A reação ao input sensorial pode ser vista de diversas maneiras: inatenção, distraibilidade, inquietude, agir por impulso, comportamentos agressivos e desafiadores. A lista é longa!

        E vale ressaltar que, ao se deparar com uma situação sensorial que envolva estímulos sensoriais, a pessoa pode usar estratégias para enfrentar diferentes situações. Após exposição contínua, o comportamento pode se tornar aprendido e estabelecido. É importante lembrarmos que muitas vezes, a forma como a pessoa pode encontrar para lidar com a dificuldade de processar a informação sensorial pode sim gerar comportamentos estabelecidos. E também que nem todo comportamento é de base sensorial.

         Muitas vezes questões sensoriais e de comportamento são confundidas – do emocional às sensibilidades, da desatenção à dificuldade motora. Se considerarmos apenas a base comportamental por trás da dificuldade, seguiremos desconsiderando uma importante base que justifica muitas vezes certos comportamentos. Bem como, se olharmos apenas para as bases sensoriais, estamos deixando de lado a análise daquele comportamento.

        Comportamentos atípicos que tem base sensorial precisam de olhar aprofundado e minucioso de ambos os profissionais – atribuir apenas à uma área de intervenção é um erro importante na prática clínica!! Fixar o olhar apenas para uma causa, sem investigação completa, pode tornar o processo de intervenção longo, sendo que muitas vezes uma intervenção conjunta e rápida pode trazer benefícios importantes para o processo terapêutico.