Insegurança gravitacional não é só medo de altura nos brinquedões
Dar cambalhotas, passar por cima de objetos, andar em terrenos acidentados e desnivelados, usar escada rolante, escadas vazadas, não ter suporte para os pés ao sentar são alguns exemplos de situações diárias que podem gerar desconforto para as pessoas com o quadro de insegurança gravitacional. Esse quadro vai muito além de experienciar receio de subir em equipamentos altos em playgrounds.
O desconforto, o medo, a ansiedade vivenciadas nessas atividades estão relacionadas com a forma como o nosso cérebro analisa e interpreta os inputs relacionados à gravidade.
Situações como essa podem ser alarmantes uma vez que as informações vestibulares, proprioceptivas e visuais, não estão sendo processadas de maneira integrada.
E a resposta a todo este contexto pode ser vivenciada em forma de aumento do estado de alerta, que como sabemos, pode ter um impacto muito significativo na participação de diversas atividades diárias.
Qual outra situação você já identificou como sendo reflexo do quadro de insegurança gravitacional?
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Descobri desde nova o que queria ser - terapeuta ocupacional. Através dessa ciência e profissão me realizo. Fui atrás de muita capacitação: mestrado, certificações, pós-graduações e cursos. Junto ao amor à profissão, quero alcançar o máximo de pessoas possíveis com as ferramentas que tenho. Hoje administro a clínica Interagir em Curitiba, local onde uno esse grande quebra-cabeças.
Comentários (1)
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Tenho 47 anos e estou sofrendo de insegurança gravitacional. Se estou sentado no sofá, tenho a sensação que vou cair dele. Se seguro um objeto, tenho a sensação que cairá da minha mão. Se estou numa mesa com um copo na minha frente, tenho a sensação que vou esbarrar nele e derrubá-lo no chão. Se vou bater uma foto com celular, seguro-o com muita força pois tenho a sensação que vou deixá-lo cair. Pra insegurança gravitacional em adulto há tratamento?
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Olá Luis, tudo bem? A insegurança gravitacional se caracteriza pela falha no processamento vestibular, em que o cérebro interpreta as informações de movimento como algo nocivo ao corpo e sensações desconfortáveis. Geralmente é vista em pessoas que tem medo de tirar os pés do chão, estar em ambientes onde a altura é um fator preocupante, gerando insegurança e receio. Precisamos sempre descartar possíveis alterações como labirintite e alterações visuais. A Terapia de Integração Sensorial de Ayres atualmente foca seu tratamento em crianças e adolescentes, mas já temos profissionais desenvolvendo estudos e atuando na área. No que eu puder ajudar, estou à disposição.
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