Por que a participação ocupacional é importante para nós terapeutas ocupacionais?
Quem faz supervisão comigo provavelmente já ouviu “Vamos dar um passo para trás e lembrar que, antes de atuar na IS, somos terapeutas ocupacionais”. E, apesar de parecer que não estamos evoluindo sob essa perspectiva, estamos voltando à base que é nossa maior ferramenta profissional: a ciência da ocupação humana.
Consideremos o histórico da nossa profissão e então vamos perceber que o foco principal sempre foi a participação nas diversas ocupações da vida como parte vital do desenvolvimento humano e das experiências vividas.
Como TOs, nós promovemos a saúde e o bem estar através da ocupação, permitindo que indivíduos e grupos possam participar das ocupações que querem, precisam e devem se engajar, que são significativas a eles, promovendo satisfação. Nosso foco é aumentar a participação.
E o que significa participação? Tomar, compartilhar, envolver-se em uma atividade, estado de partilha em comum com os outros, ato ou estado de receber ou ter parte de algo. Entendemos que é um conceito que engloba o envolvimento ou o compartilhamento em situações da vida, sejam elas formais ou informais.
Existem evidências científicas suficientes de que a participação em ocupações diárias tem influência positiva na saúde e no senso de bem estar de forma a promover também o senso de competência e satisfação. E, apesar de termos estudos que mostram a importância da participação como forma de aumentar a qualidade de vida, também temos evidências de que a falta de participação ou a privação ocupacional levam a pobre saúde e bem estar. Falo no próximo post sobre o que é a privação ocupacional e como nós, terapeutas ocupacionais, podemos nos portar frente a essas demandas profissionais.
Reflexões a partir do estudo: Law, M. (2002). Participation in the occupations of everyday life, 2002 Distinguished Scholar Lecture. American Journal of Occupational Therapy, 56, 640–64
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Descobri desde nova o que queria ser - terapeuta ocupacional. Através dessa ciência e profissão me realizo. Fui atrás de muita capacitação: mestrado, certificações, pós-graduações e cursos. Junto ao amor à profissão, quero alcançar o máximo de pessoas possíveis com as ferramentas que tenho. Hoje administro a clínica Interagir em Curitiba, local onde uno esse grande quebra-cabeças.
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