Então, como alcançar a tão sonhada participação ocupacional?
Precisamos focar nosso olhar sobre a necessidade de satisfação e também sobre o equilíbrio, que é individualmente determinado na constelação diária de nossas ocupações. E para alcançarmos significado em uma ocupação, é necessário um equilíbrio entre o desafio da atividade e as habilidades do indivíduo que são necessárias. Os objetivos devem ser claros ao indivíduo e o feedback sobre o desempenho devem ser rápidos e precisos.
Para a participação ser significativa, deve haver um sentimento de escolha ou controle da atividade, um ambiente de suporte para facilitar a atenção à atividade, foco na tarefa e não nas consequências a longo prazo, com sensação de desafio e maestria, o que julgamos como desafio “na medida certa”.
Temos um desafio maior em nossas mãos, o de como quantificar essa participação, pois capturar a essência em termos de quantificação pode ser desafiador. É necessário considerar que a participação ocupacional passa por várias dimensões que não podem ser esquecidas, como preferências, interesses, os famosos “o que”, “onde”, “como”, bem como os níveis de satisfação e prazer que são experienciados. Consideramos então a pessoa, ambiente e ocupação para conseguir medir os níveis de participação.
A Terapia Ocupacional é baseada em evidências e centrada no cliente e as melhores práticas são as decisões do profissional que refletem as evidências científicas atuais e que envolvem a prática de aplicação de conhecimento de forma criativa, com resolução de problemas. Logo, ferramentas da abordagem centrada no cliente devem ser utilizadas para então proporcionar o alcance não somente da quantificação e eficácia da intervenção, mas também no delineamento de metas e acompanhamento do processo terapêutico.
Evidências indicam que uma abordagem centrada no cliente para a prática da terapia ocupacional leva a uma maior satisfação com serviços e melhores resultados para os clientes e suas famílias.
Reflexões a partir do estudo: Law, M. (2002). Participation in the occupations of everyday life, 2002 Distinguished Scholar Lecture. American Journal of Occupational Therapy, 56, 640–64
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Descobri desde nova o que queria ser - terapeuta ocupacional. Através dessa ciência e profissão me realizo. Fui atrás de muita capacitação: mestrado, certificações, pós-graduações e cursos. Junto ao amor à profissão, quero alcançar o máximo de pessoas possíveis com as ferramentas que tenho. Hoje administro a clínica Interagir em Curitiba, local onde uno esse grande quebra-cabeças.
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